Biografia

Com engenhocas bem‑humoradas e aparentemente precárias, O Grivo (n. 1990, Belo Horizonte, Brasil) pertence ao seleto grupo de artistas sonoro‑ visuais brasileiros, como o coletivo Chelpa Ferro ou Paulo Nenflidio, bem inseridos no contexto das artes plásticas e cujas obras incluem o uso de aparatos inusitados. Diferentemente desses, porém, graças, em parte, à formação musical de seus integrantes, as obras d’O Grivo priorizam a sonoridade: embora o efeito visual esteja longe de ser casual, a imagem é consequência da dimensão musical. Os percursos sonoros que criam são, além de uma nova maneira de ouvir, uma nova maneira de ver os mecanismos de produção do som.


O coletivo notabilizou‑se num primeiro momento pelas produções musicais realizadas para outros artistas, como Cao Guimarães, Lucas Bambozzi, Rivane Neuenschwander e Valeska Soares, entre outros. O grande apelo visual de suas instalações, contudo, fez com que a dupla passasse a ser reconhecida pela qualidade plástica, e não apenas sonora, de suas criações, a partir principalmente da exposição Antarctica artes com a folha (1996).


Nelson Soares e Marcos Moreira compõem O Grivo. Nasceram em Belo Horizonte, onde vivem e trabalham. Participaram da 28ª Bienal de São Paulo, Brasil (2008); e da 8ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, Brasil (2008). Exposições individuais incluem: O Grivo – Improviso, no Museu de Arte do Rio (MAR) (2018), no Rio de Janeiro, Brasil; Puzzling Is Not a Solitary Game, no Triple Canopy (2017), em Nova York, Estados Unidos; O Grivo, na Nara Roesler (2015), em São Paulo, Brasil; Objetos de medida, no Palácio das Artes (2014), em Belo Horizonte, Brasil; O Grivo, no Museu de Arte da Pampulha (2009), em Belo Horizonte, Brasil. Exposições coletivas incluem: Máquina do mundo: Arte e indústria no Brasil, 1901-2021, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2021), em São Paulo, Brasil; Lado B: O disco de vinil na arte contemporânea brasileira, no Sesc Belenzinho (2019), em São Paulo, Brasil; Esculturas para ouvir, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE) (2018), em São Paulo, Brasil; Soundtracks, no San Francisco Museum of Modern Art (SFMOMA) (2017), em San Francisco, Estados Unidos. Seus trabalhos podem ser encontrados nas coleções do Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; e do San Francisco Museum of Modern Art (SFMOMA), San Francisco, Estados Unidos.

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