Biografia

A prática de Marcelo Silveira (n. 1962, Gravatá, Brasil) parece questionar categorias pré-estabelecidas, ao desafiar e tensionar definições aparentemente consolidadas de escultura, instalação e colecionismo. Sua produção move-se a partir do interesse pela materialidade. Tudo pode ser objeto de trabalho: madeira, couro, papel, metal, plástico e vidro são apenas alguns dos elementos explorados. Contudo, também é fundamental a configuração por eles assumida, que pode ser criada a partir do repertório formal comum àqueles objetos – garrafas e copos de vidro, por exemplo – ou pela recriação de formas familiares e comuns em matérias inesperadas – como Silveira faz com a madeira, por exemplo.

 

O colecionismo, de fato, constitui estratégia privilegiada do artista, ao lado do constante jogo entre apropriação e produção. Essas operações aparecem em seu trabalho de diversos modos, seja pelo acúmulo  de artefatos encontrados no mundo – como cartões postais, réguas dedesenho, vidros de perfume, etc. –,em objetos que remetem a utensílios domésticos, mas desprovidos de qualquer utilidade, ou até pela apresentação dos trabalhos sob a forma de conjuntos, em que cada fragmento se integra àquela totalidade, ressignficando-a. Nesse sentido, a organização é fundamental na prática de Silveira, não só como estratégia expositiva, mas também para conferir novo sentido a esses objetos, que possuem a potência de despertar memórias afetivas.

 

Marcelo Silveira vive e trabalha em Recife, Brasil. Exposições individuais recentes incluem: Hotel solidão, na Nara Roesler (2022), em Nova York, Brasil; Compacto com pacto, no Sesc Triunfo (2019), em Triunfo, Brasil; Compacto mundo das coisas, na Galeria Nara Roesler (2019), em São Paulo, Brasil; Com texto, obras por Marcelo Silveira, no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS) (2018), em Sorocaba, Brasil; Censor, no Museu da Imagem e do Som (MIS) (2016), em São Paulo, Brasil; e 1 Dedo de Prosa, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) (2016), em Recife, Brasil. Participou da 5ª e 10ª Bienal do Mercosul, Brasil (2005 e 2015); da 4ª Biennale de Valência, Espanha (2007);  29ª Bienal de São Paulo, Brasil (2010); 35º Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brasil (2017); além das mostras coletivas: Língua solta, no Museu da Língua Portuguesa (2021), em São Paulo, Brasil (2021); Triangular: Arte deste século, na Casa Niemeyer (2019), em Brasília, Brasil; Apropriações, variações e neopalimpsestos, na Fundação Vera Chaves Barcellos (FVCB) (2018), em Viamão, Brasil; Contraponto – Coleção Sérgio Carvalho, no Museu Nacional da República (2017), em Brasília, Brasil; Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, na Oca (2017), em São Paulo, Brasil. Suas obras integram importantes coleções institucionais, tais como:  Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), Recife, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.

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  • exposição ‘caleidoscópio’ reúne trabalhos de artistas de gerações diferentes, em petrolina View article

    exposição ‘caleidoscópio’ reúne trabalhos de artistas de gerações diferentes, em petrolina

    G1 Petrolina, G1 3.8.2017